sábado, 29 de dezembro de 2007

2007

Não posso dizer que foi fácil, mas também não foi de todo difícil. Estive triste, angustiada... mas (em todos estes momentos) fui acolhida com sorrisos largos...
O vento soube bater forte... soube trazer de volta o inesperado.
2007, pode não ter acabado do jeito que eu desejei. Mas não posso negar que será difícil esquecer esses dias (sufocantemente) intensos... e de que jeito esquecer (daquela mistura de ansiedade e alegria)!

O “copo transbordou”!
Em 2007, realizei três desejos.


Para 2008 eu quero mais:
Luz, paz e alegria...

sábado, 22 de dezembro de 2007

Eu e eu mesma, rs..

A vida gosta de brincar. Mas eu nem sempre gosto da ironia presente em suas brincadeiras.
De inocente tenho somente a poesia. Pequeno traço que justifica minha imaturidade.
Meu melhor amigo é o silêncio.
Enquanto que a imaginação joga no outro time. De coisas boas à imaginavéis... voa livre. Não há como segura-la.
Já na madrugada, quando todos dormem (às vezes a imaginação também), é a vez de encontrar ele. Meu fiel amigo. "Bato altos papos" silenciosos. O silêncio não me questiona, não impõe o seu olhar. Cala-se, ou melhor, mantêm-se "na dele". E eu? Bem, eu posso escolher sem culpa... ser real ou correr ao lado da minha rival (a imaginação).
Ao mesmo tempo tenho desculpas e culpas... quem se importa. Não há ninguém aqui.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Eu sinto, eu acredito

Hoje quando eu andava pela rua vi várias pessoas de preto. Roupas, calçados, acessórios, alma...
Nada contra a cor. Pelo contrário. Até pouco tempo atrás eu também estava assim... de luto, pela morte dos meus sonhos.
(O que eu não sabia é que outros viriam)...
Isso integra a minha dura teimosia em acreditar que a vida acaba quando não consigo o que quero. Que posso enlouquecer se não me sentir útil.
Que até posso viver sem amigos, sem abraços, mas não sem esperanças... sem notícias favoráveis que alimentem a minhas doce loucura em acreditar e querer sempre mais do mundo (ou seria de mim?).
Não ter medo de mostrar a intensidade que vivo as coisas me faz assim: ridícula, insensata, inconstante... mas você sabe que apesar de tudo há doçura aqui... é doce o meu sentir.
Estou na batalha. Tento guardar os medos (afinal eu sei que ainda não sou forte o suficiente para mandá-los embora)... esforço-me para me apaixonar e apaixonar-me novamente pela vida... já estou a um passo disso.
A minha vida começa a retomar suas cores.
E nos meus lábios já desbotam sorrisos abertos e verdadeiros.
Quero ser feliz não como pretexto para continuar respirando, nem como uma das metas as quais costumo impor-me... apenas... apenas quero.


* Uma vez um amigo me disse que “às vezes, para viver um sonho é preciso antes viver sete pesadelos”... acho que já paguei minha cota, rs...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

(aff)
...
os sonhos acabam qdo acordamos...
e um dia é preciso acordar...

(não é!?)

...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

“Cruze as pernas mocinha, você é mulher”!

A cultura machista ainda reside em nossas vidas. Vindo da casa das nossas mães e da casa das mães delas. Talvez seja a tradição mais antiga presente no cotidiano feminino. Mas para você que acha que isso tudo é bobagem, que essa história de submissão da mulher não existe, que é papo de feminista e que nós mulheres já conquistamos o nosso espaço, POR FAVOR ACORDE! Uma prova desta realidade é a China. Um país onde o controle da natalidade é rigoroso. Cada casal deve ter apenas um filho. E o que acontece? A maioria deles optam em ter meninos, por que eles carregarão o nome da família. Com isso, o índice de aborto e abandono de meninas é alto.
Outro caso que demonstra essa "supremacia" masculina, recentemente exposto na mídia, ocorre na Albânia. Lá a sociedade ainda segue normas que eram empregadas na Idade Média (o Kanun, código de honra medieval, da ética cristã). Existem mulheres que renegaram o direito de serem mulheres. Após um juramento tornam-se "virgens juradas". Com isso, adquirem o direito de serem livres, ou seja, de serem homens.
É fato que em uma sociedade desigual é mais fácil ser homem. Mas é um fato cruel. Uma diferença que as vezes vem estampada logo de cara e outras vezes escondida atrás de um pretexto qualquer. Como é o caso da submissão feminina ao homem vista nas religiões.
É comum em países como a África a prática da Clitoridectomia – mutilação e, nos casos mais brutos, retirada total do clitóris. O ritual não tem nenhum tipo de anestesia. São usados objetos como: faca, tesoura, gilete ou mesmo caco de vidro. Essa violência é cometida para controlar a sexualidade da mulher, para que ela não sinta prazer no ato sexual.
Portanto, a grande protagonista da guerra dos sexos não é a bunda (afinal isso todos têm!), mas sim o órgão feminino. É ali que esta a verdadeira diferença sexual. "A vagina insaciável" citada no livro "O mito da beleza", de Naomi Wolf. Ela (a vagina) intriga os homens.
A mulher também é martirizada na questão estética. Nesse aspecto a grande vilã é a mídia. Como um dos alicerces da sociedade, a mídia é responsável por impor padrões e por ditas as regras do jogo. Por meio dela surgiu um padrão, chamado: mulher ideal. E é através dela que este padrão é propagado especialmente em programas de auditório, no qual o corpo feminino é utilizado para ganhar audiência. Danças ginecológicas movidas a músicas apelativas.
Houve um tempo em que a mulher era atraente com as suas "gordurinhas", depois chegou a hora de propagar que bonito mesmo é ser magra. Então as mulheres tornaram-se magras, ou melhor, retas. Sem bunda, sem peito e sem graça. O tempo passou e novos padrões de beleza foram projetados. Agora estamos em uma nova era a do silicone, das próteses e dos enxertos. Agora vale tudo para ter uma boa comissão de frente!
Atualmente, encontrar uma mulher natural é tão difícil como encontrar um homem que não queira uma mulher no padrão: peito grande, bunda dura, cabelos longos e sempre um sorriso estampado na cara. É, não basta ser gostosa, tem que ter bom humor também. Como se fosse possível sobreviver a todas essas batalhas e ainda manter o humor, bom é claro.
Ainda nessa constate busca pela beleza tem-se um capítulo especial, chamado "chapinha". A mulher deixou de passar roupa para passar os cabelos. Seria isso uma evolução? A verdade é que quanto mais perfeita for mais será desejada. E todas nós queremos ser desejadas. Somos retrato de uma cultura que valoriza (de forma errada) o corpo. Brinca de provocar mudanças! Segundo Heloneida Studart, em seu livro "Mulher – Objeto de cama e mesa", "a mulher é o único ser racional que precisa abonar suas teorias com um rosto bonito ou um belo par de pernas".
É preciso reformar alguns conceitos e acabar com algumas velhas tradições. Se a cultura machista ainda se encontra-se ai, em sua casa, mexa-se! Mande logo uma ordem de despejo e seja você.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

"Viver não é lógico. Viver é a suprema loucura"
Paulo Leminski

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Em teus olhos...

O menino ainda estava lá, na espera do tempo.
Apesar de um sorriso amargo, ainda era possível ver uma doçura em seu olhar.
Sentado em um pequeno banco, com uma perna ao lado da outra e as mãos em baixo delas, ele continuava em sua repetida tarefa... a espera.
Horas após horas e depois dias... e o tempo parecia brincar em sua frente...
Numa agonia contínua. Em um medo interminável. Mistura que agora trás tão pouco de esperança... a vida segue carregada...
Tempo ruim que faz despencar dos céus a chuva forte. Água que toca a face do menino. Líquido capaz de despertar um coração paralisado pelos anos...
Em frente aos seus olhos o tempo...
Em sua face, o tempo...
Em sua vida... sem tempo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Blogs aliados na caçada por estilos

Roupas, calçados, acessórios, cabelos e maquilagem. Tudo o que está em alta no mundo. Tudo que compõem o visual do momento. A estação não importa. Afinal há peças para inverno e verão. Não estamos em um desfile. Nenhum Fashion Week. Mas sim na rua, ou melhor, na internet. Blogs e fotologs servem de palco para desfiles organizados por amantes da moda.
A idéia de fotografar o estilo de anônimos começou a ganhar destaque em 2006, pelo blog Face Hunter do publicitário suíço radicado em Paris Yvan Rodic. Além de Rodic a moda do ciberespaço também tem muito a agradecer ao americano Scott Schuman, idealizador do blog The Sartorialist que mostra os “estilosos” de Manhattan. Porém, Shoichi Aoki é o grande nome. Afinal foi esse japonês que em 1990 iniciou a onda de fotografar pessoas anônimas que “desfilavam” livremente pelas ruas. Aoki acreditou na idéia e chegou a lançar uma revista mensal sobre os estilos aderidos fora das passarelas.
O street style também ganha adeptos no Brasil. A maioria inspirados em Rodic – o suíço que virou francês e que roda o mundo em busca de imagens.
De uma forma ou outra, a internet passou a ser uma ótima ferramenta aos que pretendem colocar conhecimentos em prática. Seja pela fotografia ou pela moda. Não importa. Observar, registrar e questionar a sociedade é uma prática que merece destaque e que aos poucos começa a ser notada.
Mas além da câmera digital e de um olhar clínico é importante carregar consigo a responsabilidade dessa atitude. Uma vez que o direito de uso da imagem é defendido por lei. É isso...

domingo, 21 de outubro de 2007

“Remando contra a maré”

Na bagunça do meu quarto

Nos erros da memória

Nos rabiscos que deviam ficar para trás

Naquela canção... (nossa canção) tema velho carregado com sensações que não envelhecem nunca


(...)

E apesar do tempo correr e o vento soprar forte em sentido contrário... eu insisto e resisto em não remar a favor...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Recomeço

Fecha as cortinas
Vira a página
Esquece o texto
Sacode a poeira

Reticências troca por ponto final

Esvazia o local
Abafa a fumaça
Abre as janelas

Exclamação troca por ponto final

Corre ao norte
Com ventos do sul

Ponto final. Nova linha.
(Letra maiúscula)

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Arte com as mãos

Quando eu era pequena minha mãe era costureira. Quando cresci, minha mãe tornou-se artesã. Na adolescência achava o título de artesã mais bonito e de certa forma não era um erro chama-la assim. Afinal de contas Dona Terezinha sempre teve “mil e uma utilidades”! Entre o tear, as costuras, bordados, tricôs e crochês ela era a minha mãe. Só faltou mesmo mexer com tintas. Mas claro que algo deveria ficar por minha conta.

* Como qualquer moça do interior freqüentei (de livre e espontânea “vontade”) aulas de pintura.
** Frutas para pano de prato e flores para jogos de cozinha ou banheiro.
*** Era um tédio!

Para minha mãe passar o tempo praticando uma atividade artesanal é algo digno (ou em outras palavras: - que vale a pena). Nunca me atrevi a perguntar, mas acredito que ela tenha caído nessa profissão de pára-quedas. Uma atividade que aprendeu quando era moça (da mesma forma em que eu aprendi a pintar) e que se viu “obrigada” a exercer para sobreviver.

* Mas ao contrario dela, provavelmente, passarei fome se tiver que viver das pinturas...

Convivendo com o barulho diário da máquina de costura ela deu roupa, comida, casa e estudos para os seus três filhos (entre eles, eu – que sempre odiei pintar). A atividade repetitiva rendeu também uma artrose na coluna cervical. Que por sua vez paralisou os seus braços. Minha mãe agora é uma artesã sem sua principal ferramenta.

* Os meus pincéis continuam guardados dentro de uma caixa de sapato que fica em cima do guarda-roupa.
** No mesmo local tem tinta velha e seca.
*** (além da minha indiferença com a pintura).

Hoje enquanto cresce os netos de Dona Terezinha (os que eu ainda não dei) ela apesar de não ser mais capaz de fazer suas roupas (nem para seus bonecos e bonecas) remenda suas meias... sentada no sofá da sala com o barulho incrível do silêncio.

* E apesar de tudo.
** E entre todas as dificuldades. Ela ainda é minha artesã preferida.
*** Com uma arte única. Feita com suas mãos trêmulas ela é a minha mãe.
**** A que eu sempre quis ter.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Diálogo familiar

- Tiaaa bolachalá!
- Agora não...
- Tiaaa
- Quê?
- Chequelete?
- Tsc, tsc, tsc!!!
- ahhhhhh tiaaa, CHEQUELETEEE!
- A tia tá fazendo almoço! Espere...
- Mação?!
- Uhum, macarrão...
- Num quê mação!!! Bolachalá... oh TIAAA!

(e segue... “interminável diálogo”)

sábado, 22 de setembro de 2007

Escrever

“Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida”. Clarice Lispector

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Um post para ser apagado

O medo é algo terrível. É como um bicho papão gigante que sobreviveu aos nossos pesadelos mais antigos, aqueles da infância... é não sentir-se capaz, mesmo diante da chance que sempre desejamos. Ela está ali a minha frente, mas ao redor há tantas dúvidas.
(insegurança)
Não sei se existe remédio para isso. Talvez aqueles calmantes naturais, abraço sincero de amigo...
(indiferença)
Talvez um beijo do cara que faz seu coração pular...
(cicatriz)
Ih, esqueci, ele já atravessou o mar. Foi embora construir, longe daqui, uma família com direito a filhos e tudo mais.
(dor)
A pressão de ser a melhor filha. A melhor aluna. A melhor amiga. A melhor funcionária. A melhor sempre... viver tentando ser melhor. Será que ninguém enxergou que tenho falhas, que há enormes buracos aqui!
(angústia)
A casa está cheia. Olhando-te dos pés a cabeça. Analisam a marca que está grudada no seu traseiro. Você gentilmente sorri. O som inicia. Som pesado, de mal gosto, mas quem liga. Você liga, a máquina, claro. Com toda a simpatia que lhe é peculiar aborda o povo que gosta de aparecer: – Por favor, uma foto para o site.
(solidão)
O barulho intenso. Gente em todas as direções. Pessoas? Não, você está sozinha. Largo tudo, vou para casa. Acabou a festa.
(frio)




“Eu espero como quem espera alguém, sem saber para onde ir ou porque ficar aqui. Eu espero que o dia termine bem. Estou cansado de ficar assim tão só. Tão só. De olhos fechados eu sinto as lágrimas que a chuva deixou cair em mim. Eu vou tentar não enloquecer. Eu vou tentar (...)”.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A roupa do tempo

A confusão esta formada. A rua é o caos da moda. Ditada por estilistas, especialistas, especuladores e também por espectadores – um bando de gente que entende do que gosta e tenta não se perde com tanta opção.
Nesse percurso não existem setas indicativas do tipo jeans à esquerda, tênis à direita, bolsas à frente e logo ali (ali oh) – depois da curva – dividem espaço sapatilhas, boleros, sapatos de verniz e vestidos curtos... um verdadeiro “mercado de estilo” invisível, mas visível!
Pela manhã é possível encontrar patricinhas em promoção. O melhor horário para o punk é logo ao entardecer. Também há oferta de góticos, hippies e rappers. Em seção exclusiva, várias embalagens com o básico.
A mistura de 20, 60, 70, 80 e 90 forma o novo século, com um novo perfil que se confunde entre o que acredita ser moderno com o que acredita ser retroativo. Com desculpas verdadeiras sobre as novas tecnologias e tecidos existentes.
No caminho, as vitrines fazem a ponte de ligação entre o cliente e o vendedor. Para atrair, temas da estação. O difícil é entender qual. Lã compartilha espaço com peças típicas do verão... sim, esse é um resultado da bagunça no tempo! E elas sobre nós. Responsáveis ou irresponsáveis, como preferir.
A desordem que encanta (e espanta) me faz perder mais tempo aqui, em frente ao guarda-roupa. E pensar que ainda tenho todo o caminho a percorrer...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

O reino italiano recebe mais uma princesa

Hoje a ventania acordou o dia. Vento forte daqueles que ao mesmo tempo em que enche de coragem, apavora. A mesma força que domingo levou duas crianças curitibanas alto demais. E que trouxe, à família das vítimas, tristeza e dor.
Sempre carreguei comigo um misto de medo e de confiança nesse poder invisível que leva e trás, que arrasa e que constrói... vidas, sentimentos.
A ventania que fez chorar duas famílias em CTBA, hoje trouxe aqui riso doce. Logo cedo, nas primeiras horas da manhã, Maria Heloisa chegou. 3,5 Kg de muita graça e delicadeza.

Mais uma pequenina neste grande mundo.

Bem-vinda Helô! Que o vento embale seu destino...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

A menina que vejo usa sempre os mesmos calçados. Os pés agitados são obrigados a ficarem calmos dentro do par de tênis. A sapatilha fica só no desejo. Os patins no passado. E o salto alto para as amigas que são belas.
A menina que vejo adora música clássica, ou melhor, adora a pequena coletânea que possuí. Tem um pai ausente de corpo, mas presente no coração. Uma mãe que não arreda pé e uma vida que segue seu rumo, por que, pelo que vejo, elas são fortes.
A menina que vejo adora ler, mas lê tanta bobagem. (…) aprendeu que às vezes ler pode ser sinônimo de solidão, mas também pode ser a saída mais rápida. É uma apaixonada pela vida e por pessoas. Admira e torce por amigos que não são seus, são de outros, do mundo deles.
A menina que vejo é simples… simples de mais para fazer parte de um grupo. (…) respira sentimentos... sensações que o mundo oferece… vejo que não cabe mais aqui e talvez em nenhum coração… vaga sem destino, perdida em um mundo (…) que também não é seu.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Se eu fosse um pássaro sentaria bem pertinho de você
E cantaria para você sorrir
Se eu fosse um pássaro estaria ao alcance dos seus olhos
E voaria para você sorrir
Por que é doce o seu sorriso
Por que é sincero o meu sentimento
Mas sou humana!
Tão humana que me perco em minha essência
Só para vê-lo sorrir
Doce sorriso seu...

domingo, 9 de setembro de 2007

Quais as virtudes do tempo?

Meu desejo era estar lendo "O Casaco de Marx - roupas, memória, dor", mas a grana está curta e a única biblioteca que tenho acesso está saturada... então tenho q me contentar com "As Virtudes do Tempo"... um livro com narrativa poética, mas confusa... truncada.
Qria mesmo é saber que virtudes o tempo me reserva, se é q há alguma p/ mim.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Você

Roubei tua imagem. Agora vc faz parte da minha imaginação, completa o núcleo invisível da minha história. Um filme bem estilo hollywoodiano, com direito a uma bela trilha sonora.
Só falta estourar a pipoca.

domingo, 2 de setembro de 2007

Semana da pátria - “Independência ou morte”

*** texto antigo... período eleitoral. Segue:


Conta à história que a mais de um século atrás este grito foi dado às margens do Rio Ipiranga, mas é curioso como o grito mesmo abafado pelo tempo ainda ecoa em muitas almas que penam nesta vida. Algumas cansadas com a injustiça, outras, de sentirem fome ou vivenciarem preconceitos e ainda há aquelas que insistem em clamar por segurança.
Em tempos como estes, onde gritos de “morte” são mais naturais do que a independência e a liberdade que supostamente emanam de um mesmo ideal, torna-se difícil celebrar um dia voltado à pátria.
Tudo bem, talvez eu esteja sendo ácida demais, mas provavelmente não tanto quanto deveria. Há muitas críticas sobre patriotismo. Sei que o fato de muitos brasileiros sentirem sua pátria somente no momento de vestir a camisa e torcer para mais um título é questionado, mas também (ainda) acredito que uma formalidade (em muitos casos, uma obrigação) não é o mais indicado para demonstrar esse sentimento.
Até pode ser tradicional, aparentemente bonito e organizado. Mas há diferença quando uma coisa é feita voluntariamente enquanto a outra por convenção. Uma por amor, paixão e outra, só Deus sabe.
O fato é que somos independentes, mas até certo ponto que geralmente é... reticências. Sim, é difícil encarar o nosso país, onde sentimentos importantes se contradizem e palavras e ações mostram-se paradoxais. Intragável, talvez. Porém, nem tanto quanto muitos personagens do mais novo horário “nobre” brasileiro. “Independência ou morte”. Escolhas.

domingo, 26 de agosto de 2007

Esperança

O vento soprou forte. Com aquela força que só as novidades possuem... trouxe esperança recheada com um sorriso, o qual espero poder cultivar.

=)

sábado, 18 de agosto de 2007

Oração de um suicida

"Vejo nos teus olhos tão profundo as durezas que este mundo te deu pra carregar. E vejo também que sentes que tem amor para dar. Perdi-me na vida, achei-me num sonho. A vida que levo não é a que quero. Não quero mais nada.

Quando a terra se acabar você vai chorar. Não adianta mais, vendo esta terra não compensa. Rezando na presença de um gigante cogumelo.

Teu retrato é poeira. Luminosa nebulosa. Brilha tanto e ningúem vê. Era um mundo tão bonito. Caprichado de milagres. Deus gostava de florir".

(Paulo e Pedro Leminski)

domingo, 5 de agosto de 2007

Classificados

Procura-se emprego. Emprego é um cara dúbio. Às vezes faz o tipo “tranquilão”, outras é estressado (e até mal humorado). Faz pouco tempo que ele saiu da minha vida. Foi com uma desculpa qualquer. Um pretexto, mal explicado.
Procura-se emprego. Sem ele não consigo viver! Sinto falta daquela criatura... do tempo em que dividíamos... das horas e horas em pautas, entrevistas, laudas e fotos. Nossa e quantas fotos! Mas claro que ele levou até esta lembrança.
Procura-se emprego... não importa qual endereço esteja. Eu estou indo. Afinal, preciso de você. Diga-me, em que cidade se esconde? Em qual redação se perdeu?
Procura-se desesperadamente emprego! Digno. Humano. Preocupado com o bem estar de sua companheira.
Procura-se emprego.
- Que volte a me dar trabalho, preocupações e responsabilidades.
Procura-se emprego.
- Que ajude meus cabelos a clarearem com prazer. Que valorize o que sou e que me dê forças para crescer.
Emprego, cadê você?

sábado, 4 de agosto de 2007

Audiência e Qualidade

“No fundo, o mundo é feito para acabar num belo livro”, Stepahane Mallarmé. Talvez o poeta francês tenha se enganado. Porque em um livro? E belo? Acredito que não será assim por dois motivos bem simples: primeiro, as pessoas não possuem tempo para ler, leitura é (para uma boa faixa da população) ação do passado; segundo, a televisão não deixaria que impressos roubassem à cena. Quem sabe uma série televisava fosse mais apropriada...
Entretanto, não é correto dizer que essa “profecia” foi precipitada. Afinal, no século XIX, a cultura da humanidade era propagada através de impressos. Uma forma culta de eternizar a história. Hoje, temos uma diversidade enorme de veículos de comunicação. Além dos livros e jornais, temos: rádio, televisão e internet.
Nosso século é marcado por uma grande bagunça informativa. O objetivo principal não é eternizar a história, mas sim “espetacularizar”. Viva a cultura do espetáculo (aplausos, aplausos)! Ah, e claro sem esquecer de optar pela melhor forma, aquela que possibilite melhor audiência.
Diariamente, temos as telenovelas. Geralmente iguais. Dispõe de um mesmo esqueleto, do qual é alterada apenas a roupa. Nos finais de semana, o foco é os programas de auditórios. Cômicos, sim! Trágicos, também. Pouco se inova. Ao invés de novidade há o regresso da era machista, em que bunda é o que de melhor as mulheres possuem...
Não pensem que sou contra a TV. Claro que não, pelo menos não totalmente. O veículo possui um potencial inquestionável. Sou contra a batalha de audiência - que ao invés de melhorar a qualidade, prejudica. Sou contra a falta de discussão. Contra opinião mastigada.
A literatura também está presente na TV. Os clássicos aparecem raramente em uma série e outra. O (bom) humor idem. E ambos exibidos em altas horas. Será que há alguma explicação para isso? Talvez. Quem sabe esse tipo de programa seja julgado impróprio para menores de idade...
Mesmo que o livro volte a ser uma boa pedida... mesmo assim, há poucas chances “do mundo acabar em um belo livro”, uma vez que o (“pobre” do) escritor teria uma penosa tarefa. Como achar beleza em um lugar que cada vez mais coleciona “coisas feias”... é mais provável que a (pouca) beleza passe despercebida.

Boa garota

É fácil sentir-se como ilha. Olhar ao redor e ver uma imensidão salgada. É como se o mais importante estivesse ao redor e não no centro. É como se a ilha tivesse invadido o mar, nunca o contrário. Intrusa, como uma marca que, por vezes, teima em caracterizar aquele território, outras em embelezá-lo. Relativo. Sentir o mundo é sempre relativo.
O que esta ao redor pode impedir de crescer, de sentir a vida? Ou é apenas um complemento do que sou? Dúbio, porém normal.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Rabiscos...

Sabe aquela sensação de coisa inacabada? Eu sempre tive. Em relação a várias coisas... talvez desde criança, quando fiquei naquele quarto sem saber o que fazer, só observando a vida que se despedia do meu pai. Foi assim também com outras pessoas. Eu, agente passiva.
A nossa história não é como um conto que podemos brincar com as palavras, tornar o (in) suportável doce. Também não pode ser como uma canção triste, que a melodia ajuda a adoçá-la. Sou apenas eu... tão pequena e fugaz. Frágil, amarrada em minha ingenuidade e na crueldade do mundo, agora adulto.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Ontem, 12 de junho - Dia dos Namorados

* Não queria escrever este texto. Mas algo ficou “martelando” e... cá estou eu.

Quando penso na minha idade (24) e no que faço da minha vida, fico confusa. Afinal, não me encaixo nos padrões de garotas de “20 e tantos anos”.
Por vezes esqueço que sou solteira, que vivo sozinha e que até sou “bonitinha”. Esqueço da mulher que existe aqui e escondo-me atrás do livro, do PC ou debaixo dos cobertores.
Em alguns momentos, eu já desejei ter marido, filhos e um cachorro. Outras tantas vezes cultivei o desejo de ser livre. Sentir-se livre para seja lá o que for.
O fato é que nunca consegui descobrir o que é melhor para mim e acabo fazendo tão pouco da minha juventude.
Sigo me mantendo acompanhada por minhas dúvidas, pelo desejo de sentir-se várias e pela frustração de não ser nenhuma.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Sono, sono, sono cadê você?!

Tenho pensado muito ultimamente... pudera fico a maior parte do tempo com os meus pensamentos. O final de semana foi intenso. Pensei tanto que primeiro perdi o sono e só depois de andar mais de 5 km (literalmente) encontrei ânimo para voltar para a cama. Deixei os pensamentos lá fora – “tomando um ar” – coloquei o pijama e dormi. Bem, obrigada!

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Velho, velho... 2005 - 2006 - 2007 !?

Existem histórias que não foram feitas p/ ter fim...Vidas sufocadas. Quero ar, mas só há fumaça. Não é do seu cigarro. Que pena!Não existe certo nem errado, mas sim classificações... personagens, tristezas, busca e saudade... Acabou o lápis, a historia não.Não tenho mais material, nem borracha, muito menos pc’s... cadê? Perdi?Mais personagens... tudo errado. Que bagunça.Rabiscos, rabiscos e mais rabiscos...Comecei... tentei, voltei, continuei...Quero ar, vida, desejos...Favores: mais um cigarro, liberdade e se tiver tempo termine a nossa historia...

quarta-feira, 23 de maio de 2007

"Coração de Papel"

Sabe aqueles passarinhos? Aqueles que são feitos com papel, com dobradura de papel? Tenho tentado fazer, mas não consigo gravar a lógica do origami... quando tenho ajuda, até consigo. Tudo bem que eles ficam com as asas tortas, com o pico empinado e o corpo um tanto engraçado... é uma forma disforme, mas, ainda assim, possui uma forma. Não entendo porque não consigo gravar a seqüência de dobres e mais dobres (se bem que nem aviazinho é o meu forte)... Quem sabe esse exercício de paciência me ajude a superar a distância e o vazio de Quilombo. Um passatempo... de repente eu faça mil deles... um pode acabar perfeito. (Nossa agora eu exagerei!!!!!!!! Tenho muitas dúvidas sobre perfeição, mesmo quando se trata de um passarinho de papel e, principalmente, quando essa obra vem das minhas mãos, rs...) mas enfim, será um passatempo agradável... ou cruel, dependendo do lado a ser analisado. Se bem que dizem que a marca representa fortuna, longevidade e felicidade. Quem sabem!? Pelo menos, não são coisas ruins o que dobrarei nesses longos dias que estão por vir... sem família, TV, rádio, cachorro, papagaio...

terça-feira, 22 de maio de 2007

Despedida

Mais cedo ou mais tarde a hora de partir chega. Momento de arrumar as malas, de despedidas e também de tentar olhar para frente. O meu peito está bem machucado, pois além das malas, tento ajeitar as minhas esperanças, esconder o meu medo e acomodar o meu sentimento maior. Aquele que insistentemente tento negar. Mais uma vez vou estar longe de você e de tudo o que poderia acontecer... como seria bom prever o futuro, adivinhar qual o melhor rumo a seguir. Sei que oportunidades não aparecem à toa e que a vida é uma sucessão de coisas mágicas. Acredito que pessoas reais aparecem somente em raros momentos. Apesar disso, e por algum motivo, não quis te tornar real (que ninguém saiba disso, mas idolatrei você... coloquei você em um pedestal muito alto e não alcancei)... Isso já é uma das minhas maiores frustrações. Eu sei, eu sei... tenho que ir. É melhor. É um desafio. Mas queria tanto que você entende-se.... ou pelo menos, que o mundo escuta-se as minhas dores e que o tempo ajudasse a cura-las.