quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Blogs aliados na caçada por estilos

Roupas, calçados, acessórios, cabelos e maquilagem. Tudo o que está em alta no mundo. Tudo que compõem o visual do momento. A estação não importa. Afinal há peças para inverno e verão. Não estamos em um desfile. Nenhum Fashion Week. Mas sim na rua, ou melhor, na internet. Blogs e fotologs servem de palco para desfiles organizados por amantes da moda.
A idéia de fotografar o estilo de anônimos começou a ganhar destaque em 2006, pelo blog Face Hunter do publicitário suíço radicado em Paris Yvan Rodic. Além de Rodic a moda do ciberespaço também tem muito a agradecer ao americano Scott Schuman, idealizador do blog The Sartorialist que mostra os “estilosos” de Manhattan. Porém, Shoichi Aoki é o grande nome. Afinal foi esse japonês que em 1990 iniciou a onda de fotografar pessoas anônimas que “desfilavam” livremente pelas ruas. Aoki acreditou na idéia e chegou a lançar uma revista mensal sobre os estilos aderidos fora das passarelas.
O street style também ganha adeptos no Brasil. A maioria inspirados em Rodic – o suíço que virou francês e que roda o mundo em busca de imagens.
De uma forma ou outra, a internet passou a ser uma ótima ferramenta aos que pretendem colocar conhecimentos em prática. Seja pela fotografia ou pela moda. Não importa. Observar, registrar e questionar a sociedade é uma prática que merece destaque e que aos poucos começa a ser notada.
Mas além da câmera digital e de um olhar clínico é importante carregar consigo a responsabilidade dessa atitude. Uma vez que o direito de uso da imagem é defendido por lei. É isso...

domingo, 21 de outubro de 2007

“Remando contra a maré”

Na bagunça do meu quarto

Nos erros da memória

Nos rabiscos que deviam ficar para trás

Naquela canção... (nossa canção) tema velho carregado com sensações que não envelhecem nunca


(...)

E apesar do tempo correr e o vento soprar forte em sentido contrário... eu insisto e resisto em não remar a favor...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Recomeço

Fecha as cortinas
Vira a página
Esquece o texto
Sacode a poeira

Reticências troca por ponto final

Esvazia o local
Abafa a fumaça
Abre as janelas

Exclamação troca por ponto final

Corre ao norte
Com ventos do sul

Ponto final. Nova linha.
(Letra maiúscula)

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Arte com as mãos

Quando eu era pequena minha mãe era costureira. Quando cresci, minha mãe tornou-se artesã. Na adolescência achava o título de artesã mais bonito e de certa forma não era um erro chama-la assim. Afinal de contas Dona Terezinha sempre teve “mil e uma utilidades”! Entre o tear, as costuras, bordados, tricôs e crochês ela era a minha mãe. Só faltou mesmo mexer com tintas. Mas claro que algo deveria ficar por minha conta.

* Como qualquer moça do interior freqüentei (de livre e espontânea “vontade”) aulas de pintura.
** Frutas para pano de prato e flores para jogos de cozinha ou banheiro.
*** Era um tédio!

Para minha mãe passar o tempo praticando uma atividade artesanal é algo digno (ou em outras palavras: - que vale a pena). Nunca me atrevi a perguntar, mas acredito que ela tenha caído nessa profissão de pára-quedas. Uma atividade que aprendeu quando era moça (da mesma forma em que eu aprendi a pintar) e que se viu “obrigada” a exercer para sobreviver.

* Mas ao contrario dela, provavelmente, passarei fome se tiver que viver das pinturas...

Convivendo com o barulho diário da máquina de costura ela deu roupa, comida, casa e estudos para os seus três filhos (entre eles, eu – que sempre odiei pintar). A atividade repetitiva rendeu também uma artrose na coluna cervical. Que por sua vez paralisou os seus braços. Minha mãe agora é uma artesã sem sua principal ferramenta.

* Os meus pincéis continuam guardados dentro de uma caixa de sapato que fica em cima do guarda-roupa.
** No mesmo local tem tinta velha e seca.
*** (além da minha indiferença com a pintura).

Hoje enquanto cresce os netos de Dona Terezinha (os que eu ainda não dei) ela apesar de não ser mais capaz de fazer suas roupas (nem para seus bonecos e bonecas) remenda suas meias... sentada no sofá da sala com o barulho incrível do silêncio.

* E apesar de tudo.
** E entre todas as dificuldades. Ela ainda é minha artesã preferida.
*** Com uma arte única. Feita com suas mãos trêmulas ela é a minha mãe.
**** A que eu sempre quis ter.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Diálogo familiar

- Tiaaa bolachalá!
- Agora não...
- Tiaaa
- Quê?
- Chequelete?
- Tsc, tsc, tsc!!!
- ahhhhhh tiaaa, CHEQUELETEEE!
- A tia tá fazendo almoço! Espere...
- Mação?!
- Uhum, macarrão...
- Num quê mação!!! Bolachalá... oh TIAAA!

(e segue... “interminável diálogo”)