domingo, 2 de setembro de 2007

Semana da pátria - “Independência ou morte”

*** texto antigo... período eleitoral. Segue:


Conta à história que a mais de um século atrás este grito foi dado às margens do Rio Ipiranga, mas é curioso como o grito mesmo abafado pelo tempo ainda ecoa em muitas almas que penam nesta vida. Algumas cansadas com a injustiça, outras, de sentirem fome ou vivenciarem preconceitos e ainda há aquelas que insistem em clamar por segurança.
Em tempos como estes, onde gritos de “morte” são mais naturais do que a independência e a liberdade que supostamente emanam de um mesmo ideal, torna-se difícil celebrar um dia voltado à pátria.
Tudo bem, talvez eu esteja sendo ácida demais, mas provavelmente não tanto quanto deveria. Há muitas críticas sobre patriotismo. Sei que o fato de muitos brasileiros sentirem sua pátria somente no momento de vestir a camisa e torcer para mais um título é questionado, mas também (ainda) acredito que uma formalidade (em muitos casos, uma obrigação) não é o mais indicado para demonstrar esse sentimento.
Até pode ser tradicional, aparentemente bonito e organizado. Mas há diferença quando uma coisa é feita voluntariamente enquanto a outra por convenção. Uma por amor, paixão e outra, só Deus sabe.
O fato é que somos independentes, mas até certo ponto que geralmente é... reticências. Sim, é difícil encarar o nosso país, onde sentimentos importantes se contradizem e palavras e ações mostram-se paradoxais. Intragável, talvez. Porém, nem tanto quanto muitos personagens do mais novo horário “nobre” brasileiro. “Independência ou morte”. Escolhas.

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