sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Um post para ser apagado

O medo é algo terrível. É como um bicho papão gigante que sobreviveu aos nossos pesadelos mais antigos, aqueles da infância... é não sentir-se capaz, mesmo diante da chance que sempre desejamos. Ela está ali a minha frente, mas ao redor há tantas dúvidas.
(insegurança)
Não sei se existe remédio para isso. Talvez aqueles calmantes naturais, abraço sincero de amigo...
(indiferença)
Talvez um beijo do cara que faz seu coração pular...
(cicatriz)
Ih, esqueci, ele já atravessou o mar. Foi embora construir, longe daqui, uma família com direito a filhos e tudo mais.
(dor)
A pressão de ser a melhor filha. A melhor aluna. A melhor amiga. A melhor funcionária. A melhor sempre... viver tentando ser melhor. Será que ninguém enxergou que tenho falhas, que há enormes buracos aqui!
(angústia)
A casa está cheia. Olhando-te dos pés a cabeça. Analisam a marca que está grudada no seu traseiro. Você gentilmente sorri. O som inicia. Som pesado, de mal gosto, mas quem liga. Você liga, a máquina, claro. Com toda a simpatia que lhe é peculiar aborda o povo que gosta de aparecer: – Por favor, uma foto para o site.
(solidão)
O barulho intenso. Gente em todas as direções. Pessoas? Não, você está sozinha. Largo tudo, vou para casa. Acabou a festa.
(frio)




“Eu espero como quem espera alguém, sem saber para onde ir ou porque ficar aqui. Eu espero que o dia termine bem. Estou cansado de ficar assim tão só. Tão só. De olhos fechados eu sinto as lágrimas que a chuva deixou cair em mim. Eu vou tentar não enloquecer. Eu vou tentar (...)”.

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