sábado, 12 de maio de 2012

Feliz dia das mães! Felizes são os meus dias com o meu filho, com minha familia


Um mês antes de engravidar eu me senti mãe. Aquele último alarme falso me entristeceu profundamente, pois tinha uma certeza que não cabia em mim e que acabou sendo abafada com a chegada de mais um ciclo menstrual. De certa forma foi uma previsão. Por que no mês seguinte eu realmente comecei minha “jornada” por esse mundo mágico que a maternidade proporciona. Toda a tristeza que sentia em cada alarme falso foi substituída e triplicada por alegria.
Eu me tornei mãe em São Paulo. Durante uma viagem planejada para comemorar nossas bodas de algodão. Lembro que eu pensei muito e duvidei um pouco até que falei com o meu marido. Resolvemos comprar um teste de farmácia para solucionar a questão. Após um dia longo de passeios, um banho quente, fiz xixi no potinho (do kit) e esperei os intermináveis minutos descritos no teste. E foi ali, naquele hotel simples do final da Avenida Paulista, com o corpo molhado do banho que eu vi duas marquinhas vermelhas. Eram duas listinhas, uma meio fraquinha que me fez ficar perguntando: são duas? São duas, não são amor? Duas! Eram duas. E naquele momento eu passei a ter um sorriso frouxo.
E foi assim entre a marquinha do teste de farmácia e a confirmação online do laboratório que meu grito saiu garganta a fora. Eu gritei, eu berrei, eu soltei todos os meus medos e me tornei mãe.
Não foi com o parto.  Não foi ao te olhar pela primeira vez – para a doçura dos seus olhos e sua boquinha vermelhinha tão linda... Não foi também quando você deu a primeira sacudida na barriga, nem ao ouvir o chorinho estridente. Não foi assim amor. Foi mais simples do que tudo isso. Mais sutil, mais doce, mais puro, mais inesperado...
Eu já era mãe bem antes do inicio da dilatação, durante os repousos, durante o parto, durante estes e outros momentos intensos. Há muito mais tempo, você Théo, já fazia parte dos meus dias. Já estava presente aqui no meu coração, na minha cabeça e nos meus sonhos. E é tão bom ter você aqui. Decifrar dia a dia em seus traços, os meus traços. Reconhecer em você a personalidade do homem que eu amo e que me possibilitou tornar real esse turbilhão de sentimentos. Eu e seu pai planejamos você e fomos surpreendidos por uma felicidade sem medida que inclui coisas impensáveis. Afinal quem imagina sentir alegria em ouvir um pum? Quem acha graça em ouvir por dois dias consecutivos um “brummmm” feito com a boquinha com direito a baba extra escorrendo pelo queixinho e respingando por todos os lados? Quando podíamos esperar que entender você, seus gestos, seria uma tarefa tão prazerosa?
Posso ficar horas escrevendo sobre como me sinto, de como é bom ter esse “titulo”, mas não sei explicar o que é ser mãe. Faltam palavras. Sobram sorrisos, suspiros, alegria... amor.
Durante a sua gestação Théo eu redescobri a mulher que existia em mim. Nunca me senti tão linda, gostosa, poderosa. Tive a sensação de estar mais segura, mas também tive medo. Medo de não merecer tanta felicidade. De perder esse presente tão esperado. Enfim, “aquela angustia” que diziam que as todas as mães sentem.
Sou muito mais feliz agora do que em qualquer fase da minha vida. Sou feliz pelo presente, no presente e não mais na infância que passou tão rápido ou no futuro que eu achava ser o ideal. Eu sou feliz hoje e sou graças a vocês meus amores. Amo mais que tudo.

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