terça-feira, 13 de maio de 2008

"Apesar de você amanhã há de ser um novo dia"...

Sanitário, lavabo, espelho, tapetes, toalhas bordadas e com o crochê da vovó. Em específico, nada disso me atrai. O fato é que nós, mulheres, gostamos desse espaço não pelos componentes do cenário, mas pelo refúgio. Diferente do sexo oposto (e de algumas exceções) é para lá que corro quando não consigo conter minhas lágrimas. Quando meu lado passional se manifesta e a razão mantém distância. Literalmente, um refúgio. Sentar sob a tampa da privada e deixar as lágrimas percorrerem meu rosto não me fazem sentir-me a melhor pessoa do mundo, mas ajuda a encobrir a vergonha que tenho das minhas fraquezas. Abrigo para tristezas, espaço para confidências. Local mais íntimo impossível (e esta vale para todos, independente de escolhas). Quem nunca cantou no chuveiro, dançou, fez careta, soltou pum e similares? Afinal, quem não consegue simplificar a vida em um banheiro?! A vida fica mais fácil, os problemas parecem menores e a razão... esta em pouco tempo volta a se aproximar. Ao contrário da minha inspiração! Que acaba de descer por água abaixo. Quer texto com mais cara de auto-ajuda? Poderia salva-lo com a teoria da privada, mas para isso... preciso dar um pulo ali, no banheiro.

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